Com relação aos sentimentos, há uma avalanche deles que às vezes surpreende o enlutado. O tutor pode vivenciá-los expressando externamente, chorando, falando, por exemplo, ou de maneira mais reservada, internamente. Essa mistura de sentimentos pode assustar, pois parece caótica para algumas pessoas.
É interessante deixar fluir, reconhecer que há uma pressão interna, sofrimento, que está em movimento. Podem aparecer, sem ordem específica: choque, tristeza, raiva, hostilidade, cansaço, vontade de estar com o pet falecido, saudade extrema, desespero, desamparo e alívio. A culpa é um sentimento que acompanha a maioria dos tutores e, em certa medida, faz parte de revisar a relação, a perda e o que foi possível fazer e o que não.
Quando a culpa vem acompanhada com uma visão de si negativa, pode gerar um sofrimento persistente que ‘congela’ o processo de luto. Se esse é o seu caso, que tal cuidar dessa culpa, transformando-a em uma visão de sua responsabilidade e participação no que ocorreu sem descartar as outras variáveis e pessoas envolvidas?