Conhecer sobre como o processo de luto pode se manifestar é útil para ter parâmetros do que é esperado e o que pode estar atípico. Isso pode ser importante quando estamos nos sentindo incompreendidos e inadequados, sem muito apoio externo. Esta série de textos, baseada em post de psico-educação do Quatro Estações Instituto de psicologia, te ajudará a identificar várias formas de viver e sentir o seu momento desafiador.
Assim você poderá entender melhor o que está sentindo, não se pressionar para ‘estar bem’ ou ‘ser forte’. Também não vai interpretar como retrocesso os movimentos de tristeza que costumam acontecer. Vale lembrar que apesar de algumas reações emocionais serem comuns e esperadas, é importante você acompanhar a duração e intensidade delas. Avalie: elas estão impactando de modo constante a sua saúde, relacionamentos, rotina, trabalho, por exemplo? Se sim, procure ajuda!
O primeiro aspecto que o luto afeta é o Cognitivo, o intelectual. Nosso funcionamento mental pode mudar de forma temporária. Perda de memória, confusão, dificuldade de concentração para grandes e pequenas tarefas. É comum o tutor relatar que começou a assistir um filme ou ler um livro e se distrair, não saber o que estava vendo. A mente precisa de tempo para assimilar a perda, e há vários relatos da sensação da presença do animal que partiu, de imaginar ver o animal, ouvir o barulho das patinhas no chão, sentir que ele sobe na cama, etc. Isso pode beirar uma alucinação, em um primeiro momento.
Também são comuns os pensamentos repetitivos sobre os últimos momentos, situações traumáticas e questionamentos sobre o ocorrido. Por fim, pode haver descrença sobre a realidade da perda. Aquela sensação de ser um sonho.
