Sem culpa de ser feliz!

Quando temos uma grande perda, pode levar tempo para que possamos sentir novamente alegria e prazer. No começo, só temos olhar para a intensa tristeza e para quem perdemos.

Aos poucos, a vida nos chama, com suas demandas e oportunidades. E assim oscilamos, entre o olhar para a perda e dar conta do que continua a nos chamar para ser resolvido. Um dia nos pegamos achando graça de algo. Rimos, descontraímos. Soltamos a tristeza que estava tão colada na gente.

Sorrimos e podemos nos sentir culpados por sorrir. Como se a tristeza fosse a única maneira de expressar o amor que sentíamos pelo pet e o quanto ele era importante para nós. Garantir um lugar da memória e do afeto pelo animal dentro de nós nos liberta para voltar a nos interessar pela vida, fazer planos, dar e receber carinho.

No processo de luto, tudo pode existir junto: alegria e tristeza, lembranças e futuro, vazio e satisfações. O lugar do pet no seu coração é sagrado e protegido. Pode relaxar!

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Patrícia Vidal
Psicóloga, especializada em vínculos e luto por perda de animais domésticos, e apaixonada por gatos