Quando tem uma rede de apoio empática, o enlutado recebe carinho e suporte no início de seu luto. Em geral há maior disponibilidade dos amigos a família, que se identificam com a sua dor. Isso conforta muito e favorece o enfrentamento da perda.
Contudo, a “ficha” de que o bichinho partiu, e não vai voltar, cai aos poucos: o confronto com a rotina que denuncia o vazio, a ausência física, as tarefas de cuidado que não são mais necessárias. Quando o sofrimento pode se tornar mais doloroso, passado o impacto da perda, os enlutados comentam que “todo mundo some”. A agitação das providências com o tratamento, depois a cremação, decisão do que fazer com as cinzas, reorganização (ainda que precária) da vida que segue já passaram e, na quietude, a saudade da falta machuca mais ainda. O enlutado entra em contato com os sentimentos de tristeza e por vezes vê-se sozinho.
Quando perder um animal de estimação, escolha uma ou duas pessoas com as quais tem intimidade, para estes momentos sensíveis. Pessoas que gostam muito de você, entendem sua ligação com o pet podem te ajudar a encarar os próximos momentos de seu luto. Alguém com quem dividir o que está sentindo, buscar colo ou resolver algo de ordem prática. Vale também pensar em alguém que possa ser simplesmente uma boa companhia para se distrair! Isso também faz parte do luto.